A Televisão e a implosão do edifício Mendes Caldeira

Era bem cedo do dia,

Edificio Mendes Caldeira

Edificio Mendes Caldeira

Cenário: A praça Clóvis Bevilaqua, centro de São Paulo.

Os ônibus de externa das televisões congestionavam as estreitas ruas que cercavam aquele edifício. Seria um fato inédito para todos nós, “a primeira implosão” que se faria na América do Sul.

Protagonista: Edifício Mendes Caldeira.

Me lembro como se fosse hoje aquele ano de 1972. Ficou na minha memória, mais por um incidente nos bastidores da tv, do que a implosão propriamente dita. Naquele tempo as televisões eram absurdamente competitivas entre sí. Hoje, por exemplo, se houver um jogo de futebol, vai para o estádio um ônibus de externa de uma das emissora, que gera para todas as outras e assim por diante. Ao contrário daqueles tempos. Nem parafuso se emprestava para a concorrência. Bem, de certa maneira, aquele evento juntou muitos profissionais em rodas de bate papo. Era raro este tipo de coisa acontecer. Foi “importado” um engenheiro japonezinho, especialista em produzir implosões pelo mundo afora. Ele era muito simpático de risada fácil e humor hilariante, o que me preocupou um pouco.

O tempo passa.

Edificio Mendes Caldeira-centro da capital de SP

A empresa que coordenava todo o trabalho já havia nos comunicado o horário exato da implosão e como se daria a contagem regressiva. Todos estávamos tensos e intranqüilos. Por tratar-se de algo desconhecido e com boa margem de perigo. Todos a postos… menos o pessoal da TV Gazeta de São Paulo. As sirenes começaram a tocar. Sinal da regressão para o evento.

A tensão aumentou de tal maneira que… quando a sirene soou o penúltimo aviso…

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