Quando descobri que estou velho.

Ser velho-não obsoleto-é estar com a cabeça de menino num corpo repleto de experiência.

Estava lendo em um artigo na Revista Veja,  “matéria sobre a Intel – Microsoft” que reproduzia a seguinte entrevista:

Fernando Martins, presidente da Intel do Brasil

Há 40 anos, a Intel projeta e fabrica as pequenas pecinhas que fizeram a revolução digital: os microprocessadores que alimentam nossos computadores. Agora, a multinacional americana quer introduzir no mercado uma nova categoria de máquinas, batizadas ultrabooks, híbridas de notebook, tablet e netbook. O novo dispositivo quer herdar a capacidade de processamento do notebook, a tela sensível ao toque do tablet e, do netbook, leve e pequeno, a praticidade. Lá fora, o dispositivo – concebido pela Intel, mas fabricado por terceiros – pode ser comprado por valores a partir de 1.000 dólares. Agora, ele começa a chegar ao Brasil. “As primeiras máquinas são importadas, mas empresas nacionais já sinalizaram interesse em desenvolvê-las por aqui. Isso vai aumentar a oferta de modelos e reduzir os preços”, diz Fernando  Martins,  presidente da Intel no Brasil, um pesquisador que ascendeu ao posto de executivo.

Dois dias depois, sentado confortavelmente na sala, entra e senta ao meu lado Daniel, neto mais velho. Correndo me pus a mostrar meus conhecimentos, comentando em tom professoral, o mais novo lancamento da Intel, etc…

Daniel - meu neto mais velho

Estava à pelo menos dez minutos falando, esplanando, coisa e tal, quando ele tira do bolso seu Iphone e, sem dizer uma palavra, exemplifica em segundos, com seus dedos e sua voz, dando ordens ao aparelho, o que eu imaginava,segundos atrás, estar dando um Show de Cibernética.

Fiquei abatido.  Acabado mesmo.

Levantei e fui até a copa e lá estava meu neto Sammy, em seu Ipod, ativando um game, com a maior desenvoltura, sem sequer notar minha presença…

Sassa - meu neto.

Ele tem cinco anos de idade…

Bem, não me restando outra saída, passei um email para o meu filho Sérgio, em São Paulo, reproduzindo a entrevista.

Por ser ele do mercado, um dos melhores, saberia que iria gostar, então… ele me escreve de volta:

Sérgio Mattar -filho mais novo

Oi Zão, a Intel perdeu o timing dos “tablets” e agora está apostando nos ultrabooks. São notebooks menores e mais leves que o convencional. A bateria dura muito mais e o Windows entra muito mais rápido quando liga o computador.

Acho que vai ser bem legal!

beijos

Serginho

Cheio de orgulho me puz a refletir…

Estou velho pelo tempo, mas não obsoleto, pois ai sim é estar velho.

Sérgio Mattar

Levantando de onde estava, vim para o computador escrever,

que é o meu ofício e me mantém jovem, se é que me entendem!

AH! Família… sempre.

4 comentários sobre “Quando descobri que estou velho.

  1. É uma verdade…. o tempo passa rápido… e a velocidade da tecnologia ainda muito… muito mais rápido…..
    As novas gerações nos engolem quando trata-se de tecnologia.
    Você é uma pessoa diferente da maioria da sua geração… vc se interessa e, sem medo de errar, procura estar atualizado e sempre, muito informado.
    Me orgulho de você…

    Além disso… experiência de vida… isso, não tem preço!!!
    Te amo muito e sempre…
    Celeyda Mattar

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