Queen no Morumbí – parte 3

“O aparato técnico de todos nós”

Era bem cedinho.
Entrava devagarinho no estádio do Morumbí. Estava fria aquela manhã.
Me aproximei daqueles homens que atravessaram a noite construindo o imenso palco e, montando outro tanto que a produção inglesa trazia.

Era uma “tralha” que só estando perto pra poder entender e depois, ficar quieto pro resto da vida, pra não me passar por mentiroso. Caso contasse pra alguém.
Os engenheiros de som selecionavam cabos e mais cabos atrás de uma mesa de som pra uso no palco. A mesa, propriamente dita era algo fantástico. Hoje percebo quão paroquial eu era, mesmo tendo trabalhado nos Estados Unidos.

Aos poucos foram chegando os técnicos das diversas áreas de atuação.
Tínhamos preparado um café bem brasileiro para saudá-los naquele primeiro dia de trabalho. Juntamos-nos todos e, muita conversa e troca de experiências.

O São Paulo exigiu que protegêssemos o gramado. Então, “seu Gino”, gerente do estádio, providenciou “um tanto” de compensado que não tinha mais fim. Eu dava risada, pois na minha perspectiva aquela madeira é que acabaria com a grama, enfim!
Seu Gino foi uma pessoa fantástica pro sucesso do nosso evento.

Tínhamos consciência de que aquele concerto marcaria a cidade de São Paulo e abriria o mercado internacional para os grandes concertos ao ar livre que excursionavam pelo mundo.
Era preciso passar confiança e talento pra coisa. Não podíamos errar. Não mesmo.
Saí do estádio por volta das 2 horas da tarde e fui me encontrar com o Polladian.

Tivemos uma conversa séria sobre direitos autorais, de imagens e conexos.
Tenho muito cuidado com direito autoral, porque sofro direto o efeito deste devastador piratismo. Sabe o que é cumprimentarem os outros com o seu chapéu? Te usarem? Ser aba de panamá?

Bem, fico por aqui…
Amanhã conto mais…

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *