“O desligar das luzes do Teatro Bandeirantes”

O fim de uma arena fenomenal… 

Show de inauguração do Teatro Bandeirantes

Com o incêndio da TV Bandeirantes em São Paulo, em 1969, onde os estúdios do Morumbí foram queimados, a programação da televisão passou a ser feita de um velho caminhão de externas, ancorado dentro do Teatro Bandeirantes, onde se improvisou estúdios de jornalismo, programas da tarde, etc… Era tudo feito lá, e somente de lá. Parece incrível, porém verdadeiro.

O tempo passou, as coisas foram se normalizando, os estúdios do Morumbí já aptos a receber suas produções, felizmente… Mas depois disto…
…inaugurei, literalmente , por vezes o mesmo teatro Bandeirantes, no bairro do Bixiga, tradicional em São Paulo.
Era dar uma mão de tinta, pronto, tínhamos uma inauguração para o novo teatro Bandeirantes.

Assim foram anos, até que, em 1980, se não me engano, fizeram uma reforma pra valer.
Foi tão séria a coisa, que a direção da televisão pediu a mim e ao Fernando Faro que produzíssemos um grande Show de “Inauguração” (de novo).

Bem, nós éramos do ramo da música popular e, então fizemos o que ninguém imaginaria…
Elis Regina e Cesar Camargo Mariano, Chico Buarque de Hollanda, Tim Maia, Miúcha, todos com suas respectivas bandas…
Foi o MÁXIMO… Por aquilo ninguém esperava.
Sem querer confete pra mim e nem pro Faro, foi maravilhoso.

Daí o Teatro Bandeirantes, que até aquele momento só era usado para as  gravações de programas de auditório, virou Point de grandes atrações…

Seu final se deu com “Falso Brilhante” ou “Trem Azul”, não me lembro!

Anos mais tarde, os dízimos da Universal compraram aquele que havia sido o templo dos musicais em São Paulo.

 

 

 

 

 

Hoje é um outro tipo de Templo, se me entendem??

Não mais o Templo da sensibilidade e da contemplação.
Das grandes canções em nossos chorosos ouvidos, carentes por harmonias que vinham de outros mundos, de outros bemóis e colchetes…