Conheci minha mulher no bate papo da internet.

Eu usava o cognome Shell Scott e ela Luiza.

Fui casado com a Renata, mãe de meus filhos por treze anos. Separado, minha vida foi um horror, sentimentalmente falando. Namorei mulheres para todos os gostos. Um cardápio variado. As fáceis me estraçalhavam o emocional. As que se passavam por difíceis eram tremendas pistoleiras de plantão. Carregavam em suas bolsas maquinas calculadoras e um livreto de contabilidade, para posterior livro caixa, incrível. Foram anos de tremenda ebulição em minha vida, pois eu não sabia quem estava ao meu lado verdadeiramente. Resolvi ser solteiro convicto. E assim foi…

Eu tenho uma característica que me ajuda; convivo bem sozinho, eu gosto da minha companhia… Me dou bem comigo mesmo!

Expedição à Antartida-1982

Como viajava muito e  para lugares onde poucos gostariam de ir, por tão inóspito e com tal grau de dificuldade que eles se impõem, a Companhia de Televisão e Cinema para qual eu trabalhava, recomendava a seus documentaristas não levar acompanhantes, tipo assistentes, ajudantes e que tais. Sequer um vassalozinho… Tinha que me virar só e olhe lá. Claro que estou exagerando, sempre surgia algum itinerante, como eu, que me dava aquela mão tão bem vinda.

Bem, dizia que convivia bem comigo mesmo, inclusive na tal de solidão, seja ela de pessoas, de idéias, de assuntos e… de amores!

Eu e Celeyda Maria: troca de alianças

Pois não é que pela internet fui levado ao “altar”!

Shel Scott -personagem de ficção policial

A “Luiza” e o “Shell Scott” se conheceram, se apaixonaram e se casaram. Eu, paulistano de quatro costados e ela, carioca de todos costados, trabalhávamos e morávamos em cidades distantes, no eixo Rio-São Paulo. Por insistência comum, resolvemos nos conhecer pessoalmente. E assim foi. Marcamos e nos encontramos. Foi o máximo. Ela era exatamente como se descrevia pela internet, mas com muito mais charme, beleza e doçura.  Foi um impacto. Um ótimo impacto! Me  apaixonei.

Ficamos uns dez anos namorando juntos, sempre juntos.

Em 2008 minha vida sofreu um duro golpe, minha saúde pedia socorro e lá fui eu para minha primeira grande cirurgia…

Foi num dia 6 de outubro…

Um ano depois, outra imensa cirurgia.

Foi  no dia 6 de outubro. Incrível.

Graças a Deus tudo passou e eu estou bem, claro, me impus limitações e minha vidinha desde então, está mais calma e tranqüila, por incrível que pareça. Mas qual a ligação do meu namoro virtual com esta história de cirurgias ?

Eu e Celeyda

Simples, foi ela quem me salvou..

Celeyda e jazz

Por isso no dias dos namorados  fiz esta confissão, para sempre…

Namorada é aquela que à vespera de minha morte estava ela firme segurando as minhas mãos.
Que na minha ressurreição, as suas mãos continuavam segurando as minhas, confiante de que meu tempo não acabaria alí.

Namorada é ser a melhor no momento pior…
Namorada é um ser divino.
Agradeço a Deus por voce ser este presente em minha vida.
Aliás, agradeço a Deus por tudo nesta vida.
Celeyda, este modesto velho moço te ama…
Não é um amor qualquer…
É um amor simples…
Um amor Tranquilo e calmo como as águas do mar distante…
Me sinto uma criança recebendo um presente impossível…

Celeyda e eu

Penso que, “Gostar de vc é mais gostoso que torta de maçã”
Te amo infinitamente.
Muitos beijos
Obrigado pela vida

12 comentários sobre “Conheci minha mulher no bate papo da internet.

  1. Uauuuuuu! Ta vendo so como o ditado e verdadeiro… Quem ri por ultimo, ri melhor! ou Quem espera sempre alcanca! No seu caso, nao sei qual o mais adequado… maybe both! Fico super feliz por vcs, em especial por vc, Celeyda. Afinal… rs!

    Espero que a energia divina que uniu a Luiza e o Shell Scott continue a iluminar a uniao da Celeyda e Sergio Mattar.

    Beijo no coracao,
    Martinha

  2. Celeyda querida,
    Que maravilha…. imagino como ficou esse coração depois dessa linda declaração de amor!
    Justo e merecido, nós somos testemunhas do seu imenso amor e dedicação pelo Sérgio.
    E agora, explicitado o dele por vc.
    Que Deus abençoe vocês, que a alegria e felicidade sejam companheiras constantes em suas vidas.
    Bjs
    Luzia

  3. Cê e Sérgio,
    Que lindo, me emocionei enquanto lia a mais pura expressão de homem forte e ao mesmo tempo sensível!
    Parabéns aos dois pela sabedoria de fazer desse relacionamento uma linda história!

    Naquela época da internet (1997?) alguém imaginaria que essa história seria contada assim? De jeito nenhum, né Cê. Principalmente, essa humildade pessoa que vos escreve.

    Quero encontrá-los aqui no Rio. Quando vier me dê essa oportunidade. Gosto muito de vocês.

    Mil beijos, parabéns e muitas felicidades pra vocês!
    Angela.

  4. Sérgio Mattar…
    … você sempre me emociona.
    Me apaixonei desde o primeiro momento… vc foi um divisor em minha história.
    Somos cúmplices desde sempre.
    Cada dia ao seu lado traz um aprendizado que enriquece a minha vida.

    Você é muito, muito especial…. a vida só é completa ao seu lado.
    “Santa Internet”…..
    Te amo profundamente.
    Celeyda Mattar

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